quinta-feira, 23 de junho de 2011

A CEIA DO SENHOR

Nos primeiros anos do cristianismo, a eucaristia era chamada de Fração do Pão (At 2,42) e era celebrada no primeiro dia da semana judaica, que se tornou o dia da reunião dos cristãos (Mt 28, 1; 2Cor 16, 2), recordando a ressurreição do Nosso Senhor Jesus. A celebração era realizada dentro de uma refeição fraterna, o ágape (1Cor 11, 17-34).
De acordo com o Apóstolo Paulo, a eucaristia representa a unidade da Igreja. Partir do pão e beber do mesmo cálice simboliza a comunidade enquanto centro de unidade de proclamação da fé na páscoa do Cristo.
A eucaristia não tem efeitos mágicos e não dispensa a vigilância contra a tentação da idolatria e do egoísmo, porque a verdadeira refeição do Senhor provoca a comunhão com Cristo e, através dele, com Deus e com os irmãos (1Cor 10, 1-13; 1Cor 10, 14-22).
Comungar do mesmo cálice e do mesmo pão é participar do destino da mesma comunidade; a responsabilidade pessoal dos cristãos está no grau de conscientização e de sua participação na comunidade. Celebrar mal a eucaristia é romper a unidade da Igreja, é ser responsável pela morte de Cristo.
A eucaristia é a verdadeira expressão de participação dos cristãos, é a expressão real de uma vida a ser trilhada na fé que tem reflexos práticos na vida. Todo aquele que comunga que está participando do destino e da meta da comunidade. Não se caminha sozinho, mas uma pessoa que unida aos outros busca a realização da comunhão plena com Deus e com os outros homens.
A celebração ritual recorda e atualiza o mistério da Páscoa de maneira sacramental e anuncia a comunhão total.

Fonte: Sacramentos: Sete encontros com a ação do Espírito Santo (Antônio Carlos de Oliveira Souza)

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