sábado, 2 de julho de 2011

CONSAGRAÇÃO AO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA

Uma das características da devoção que devemos tributar a Nossa Senhora consiste sem dúvida em ser terna. Entretanto, a devoção não se faz só de ternura, de efusões sentimentais e efetivas. Para ser sólida, é preciso que se funde em conhecimentos precisos, exatos, lógicos. Só da Verdade bem conhecida pode sair o amor durável e sincero. A piedade deve ser firmada no estudo da doutrina católica. É aí que ela há de encontrar seu melhor fundamento, sua verdadeira raiz.
Quando a Igreja promove a consagração de Nações, Dioceses, famílias ou pessoas ao Coração Sacratíssimo de Jesus, ou ao Imaculado Coração de Maria, tem em vista que as criaturas assim consagradas formulem a resolução de pertencer de modo particular ao Coração de Jesus ou ao Coração de Maria, obedecendo-Lhes mais fielmente as leis, tomando-Os mais perfeitamente por modelos, e, reciprocamente, recebendo de modo todo especial sua particular e vigilante atenção. Assim, a Consagração não é um mero rito, uma fórmula vaga, a ser recitada em momento de emoção piedosa. Ela é antes de tudo um ato refletido, deliberado, voluntário e profundo, que implica no propósito de uma mais perfeita integração na doutrina e na vida da Santa Igreja Católica, o que é o único modo real de pertencer a Jesus e a Maria.
Compreende-se facilmente que este ato tanto pode ser feito por pessoas da mais alta virtude, quanto por almas que ainda estão nos primeiros passos da vida espiritual. A uns e a outros, será utilíssimo, porque atrairá para quem o faz uma proteção toda especial da Providência, e, com isto, garantias particularíssimas de salvação. (…)
A consagração ao Coração Imaculado de Maria é mais atual do que nunca. Mais do que nunca, o mundo atribulado por mil vicissitudes de toda ordem, precisa de um coração materno que dele se condoa. Mais do que nunca, pois, torna-se necessário que apelemos para o coração de nossa Mãe, que imploremos, fazendo, tanger suas fibras mais sensíveis, suas cordas mais íntimas, toda a sua misericórdia, todo o seu amor, toda a sua assistência.
Se o Santo Padre Pio XII consagrou o mundo inteiro ao Coração de Maria, imitemos seu gesto, completemo-lo, por assim dizer, consagrando-nos sem reservas ao mesmo Coração Imaculado. Estaremos dentro dos desejos do Papa, dentro das vias da Providência Divina.

Plinio Corrêa de Oliveira  – Revista “Ave Maria”, São Paulo, N.º 31, Julho de 1943
Fonte: Associação Devotos de Fátima

A PALAVRA DO DIA

A BOA NOVA
Lucas 2,41-51

41Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, para a festa da Páscoa. 42Quando ele completou doze anos, subiram para a festa, como de costume. 43Passados os dias da Páscoa, começaram a viagem de volta, mas o menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais o notassem.
44Pensando que ele estivesse na caravana, caminharam um dia inteiro. Depois começaram a pro­curá-lo entre os parentes e conhecidos. 45Não o tendo encontrado, voltaram para Jerusalém à sua procura. 46Três dias depois, o encontraram no Templo. Estava sentado no meio dos mestres, escutando e fazendo perguntas.
47Todos os que ouviam o menino estavam maravilhados com sua inteligência e suas respostas. 48Ao vê-lo, seus pais ficaram muito admirados e sua mãe lhe disse: “Meu filho, por que agiste assim conosco? Olha que teu pai e eu estávamos, angustiados, à tua procura”. 49Jesus respondeu: “Por que me procu­ráveis? Não sabeis que devo estar na casa de meu Pai?” 50Eles, porém, não compreenderam as palavras que lhes dissera.51Jesus desceu então com seus pais para Nazaré, e era-lhes obediente. Sua mãe, porém, conservava no coração todas estas coisas.

Palavra da Salvação.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

HISTÓRIA DA DEVOÇÃO

Os Santos Padres muitas vezes falaram do Coração de Cristo como símbolo de seu amor, tomando-o da Escritura: "Beberemos da água que brotaria de seu Coração....quando saiu sangue e água" (Jo 7,37; 19,35).
Na Idade Média começaram a considera-lo como modelo de nosso amor, paciente por nossos pecados, a quem devemos reparar entregando-lhe nosso coração (santas Lutgarda, Matilde, Gertrudes a Grande,Margarita de Cortona, Angela de Foligno, São Boaventura, etc.).
No século XVII estava muito expandida esta devoção. São João Eudes, já em 1670, introduziu a primeira festa pública do Sagrado Coração.
Em 1673, Santa Margarida Maria de Alocoque começou a ter uma série de revelações que a levaram à santidade e ao impulso de formar uma equipe de apóstolos desta devoção. Com seu zelo conseguiram um enorme impacto na Igreja.
Foram divulgados inúmeros livros e imagens. As associações do Sagrado Coração subiram em um século, desde meados do XVIII, de 1000 a 100.000. umas vinte congregações religiosas e vários institutos seculares foram fundados para estender seu culto de mil formas.
O apostolado da Oração, que pretende conseguir nossa santificação pessoal e a salvação do mundo mediante esta devoção, contava já em 1917 com 20 milhões de associados. E em 1960 chegava ao dobro em todo o mundo, passando de um milhão na Espanha; suas 200 revistas tinham 15 milhões de inscrições. A maior instituição de todo o mundo.
A Oposição a este culto sempre foi grande, sobretudo no século XVIII por parte dos jansenistas, e recebeu um forte golpe com a supressão da Companhia de Jesus (1773).
Na Espanha foram proibidos os livros sobre o Sagrado Coração. O imperador da Áustria deu ordem que desaparecessem suas imagens de todas as Igrejas e capelas. Nos seminários era ensinado: "a festa do Sagrado Coração provocou um grave mancha sobre a religião".
A Europa oficial rejeitou o Coração de Cristo e em seguida foi assolada pelos horrores da Revolução francesa e das guerras napoleônicas. Mas depois da purificação, ressurgiu de novo com mais força que nunca.
Em 1856 Pio IX estendeu sua festa a toda a Igreja. Em 1899 Leão XIII consagrou o mundo ao Sagrado Coração de Jesus (o Equador tinha se consagrado em 1874).
E a Espanha em 1919, em 30 de maio, também se consagrou publicamente ao Sagrado Coração no Monte dos Anjos. Onde foi gravado, sob a estátua de Cristo, aquela promessa que fez ao pai Bernardo de Hoyos, S. J., em 14 de maio de 1733, mostrando-lhe seu Coração, em Valladolid (Santuário da Grande Promessa), e dizendo-lhe: "Reinarei na Espanha com mais Veneração que em muitas outras partes" (Até então a América também era Espanha).

Fonte: Acidigital

CONSAGRAÇÃO DAS FAMÍLIAS AO SAGRADO CORAÇÃO

SAGRADO CORAÇÃO de Jesus, que manifestastes a Santa Margarida Maria o desejo de reinar sobre as famílias cristãs, nós vimos hoje proclamar vossa realeza absoluta sobre a nossa família.
“Queremos, de agora em diante, viver a vossa vida, queremos que floresçam, em nosso meio, as virtudes às quais prometestes, já neste mundo, a paz.
“Queremos banir para longe de nós o espírito mundano que amaldiçoastes.
Vós reinareis em nossas inteligências pela simplicidade de nossa fé; em nossos corações pelo amor sem reservas de que estamos abrasados para convosco, e cuja chama entreteremos pela recepção freqüente de vossa divina Eucaristia.
Dignai-Vos, Coração divino, presidir as nossas reuniões, abençoar as nossas empresas espirituais e temporais, afastar de nós as aflições, santificar as nossas alegrias, aliviar as nossas penas.
“Se, alguma vez, algum de nós tiver a infelicidade de Vos ofender, lembrai-Vos, ó Coração de Jesus, que sois bom e misericordioso para com o pecador arrependido.
“E quando soar a hora da separação, nós todos, os que partem e os que ficam, seremos submissos aos vossos eternos desígnios. Consolar-nos-emos com o pensamento de que há de vir um dia em que toda a família, reunida no Céu, poderá cantar para sempre a vossa glória e os vossos benefícios.
“Digne-se o Coração Imaculado de Maria, digne-se o glorioso Patriarca São José apresentar-Vos esta consagração e no-la lembrar todos os dias de nossa vida. Viva o Coração de Jesus, nosso Rei e nosso Pai“.
(Texto aprovado por São Pio X em 1908)

ORAÇÃO DE SANTA MARGARIDA MARIA

Eu, (seu nome aqui), entrego e consagro ao Sagrado Coração de Jesus minha pessoa e minha vida, minhas ações, penas e sofrimentos, e quero me servir de todas as partes de meus ser apenas para honrá-Lo, amá-Lo e glorificá-Lo.”

Santa Margarida Maria Alacoque compôs essa belíssima oração de Consagração ao Sagrado Coração de Jesus que se chama “Pequena Consagração”.

CONSAGRAÇÃO AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

COMO REPARAÇÃO a tantos ultrajes e a tão cruéis ingratidões, ó Coração adorável e amabilíssimo de meu amável Jesus, eu Vos ofereço meu coração com todos os movimentos de que ele é capaz.
Dou-me inteiramente a Vós e, a partir de agora, protesto sinceramente que quero esquecer inteiramente de mim mesmo, para destruir o obstáculo que poderia me impedir a entrada nesse Coração divino que Vós tivestes a bondade de me abrir, e onde desejo estar para aí viver e morrer com vossos servidores mais fiéis, inteiramente penetrado e abrasado por vosso amor.
Sagrado Coração de Jesus, ensinai-me o esquecimento perfeito de mim mesmo, pois é a única via por onde se pode chegar a Vós. Já que tudo o que farei de agora em diante será vosso, fazei que eu só faça o que seja digno de Vós.
Ensinai-me o que devo fazer para chegar à pureza de vosso amor, do qual Vós me haveis inspirado o desejo. Sinto em mim uma grande vontade de Vos agradar e uma imensa impossibilidade de faze-lo sem uma luz e um socorro muito particular, que só posso esperar de Vós.
Senhor, eu me oponho a Vós, sei-o bem, mais eu desejaria, parece-me, não me opor. Só Vós tudo podeis fazer, divino Coração de Jesus Cristo. Só Vós tereis a glória de minha santificação, se chego a ser santo, o que me parece claríssimo.
Minha santificação será Vós uma grande glória, e é somente por isso que quero desejar a perfeição. Assim seja”.


(Composta por São Cláudio de la Colombiére)


Fonte: Associação Apostolado do Sagrado Coração de Jesus

LADAINHA AO SAGRADO CORAÇÃO

Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.
Deus Pai dos céus, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, tende piedade de nós.
Deus Espírito Santo, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, Filho do Pai Eterno, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, formado pelo Espírito Santo no seio da Virgem Mãe,
Coração de Jesus, unido substancialmente ao Verbo de Deus,
Coração de Jesus, de majestade infinita,
Coração de Jesus, templo santo de Deus,
Coração de Jesus, tabernáculo do Altíssimo,
Coração de Jesus, casa de Deus e porta do céu,
Coração de Jesus, fornalha ardente de caridade,
Coração de Jesus, receptáculo de justiça e de amor,
Coração de Jesus, cheio de bondade e de amor,
Coração de Jesus, abismo de todas as virtudes,
Coração de Jesus, digníssimo de todo o louvor,
Coração de Jesus, rei e centro de todos os corações,
Coração de Jesus, no qual estão os tesouros da sabedoria e da ciência,
Coração de Jesus, no qual habita toda a plenitude da divindade,
Coração de Jesus, no qual o Pai pôs as Suas complacências,
Coração de Jesus, de cuja plenitude todos nós recebemos,
Coração de Jesus, desejo das colinas eternas,
Coração de Jesus, paciente e de muita misericórdia,
Coração de Jesus, rico para todos os que Vos invocam,
Coração de Jesus, fonte de vida e de santidade,
Coração de Jesus, propiciação pelos nossos pecados,
Coração de Jesus, saturado de opróbrios,
Coração de Jesus, esmagado pelos nossos pecados,
Coração de Jesus, feito obediente até a morte,
Coração de Jesus, atravessado pela lança,
Coração de Jesus, fonte de toda a consolação,
Coração de Jesus, nossa vida e ressurreição,
Coração de Jesus, nossa paz e reconciliação,
Coração de Jesus, vítima dos pecadores,
Coração de Jesus, salvação dos que esperam em Vós,
Coração de Jesus, esperança dos que morrem em Vós,
Coração de Jesus, delícia de todos os santos,
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor,
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos, Senhor,
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós.
V. Jesus, manso e humilde de coração.
R. Fazei nosso coração semelhante ao Vosso.
Oremos: Deus onipotente e eterno, olhai para o Coração de Vosso Filho diletíssimo e para os louvores e as satisfações que ele, em nome dos pecadores, vos tributa; e aos que imploram a vossa misericórdia concedei benigno o perdão, em nome de vosso mesmo Filho Jesus Cristo, que convosco vive e reina, em união com o Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.

VIVOS NO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS!

  1. Às almas consagradas a meu Coração, lhes darei as graças necessárias para seu estado.
  2. Darei paz às famílias.
  3. As consolarei em todas suas aflições.
  4. Serei seu amparo e refúgio seguro durante a vida, e principalmente na hora da morte.
  5. Derramarei bênçãos abundantes sobre seus projetos.
  6. Os pecadores encontrarão em meu Coração a fonte e o oceano infinito de misericórdia.
  7. As almas tíbias se tornarão fervorosas.
  8. As almas fervorosas serão rapidamente elevadas a grande perfeição.
  9. Abençoarei as casas em que a imagem de meu Sagrado Coração estiver exposta e for honrada.
  10. Darei aos sacerdotes a graça de mover os corações empedernidos.
  11. As pessoas que propagarem esta devoção, terão escrito seu nome em meu Coração e jamais será apagado dele.
  12. A todos os que comungarem nove primeiras Sextas-feiras do mês contínuos, o amor onipotente de meu Coração lhes concederá a graça da perseverança final.

A PALAVRA DO DIA

A BOA NOVA
Mateus 11,25-30

25Naquele tempo, Jesus pôs-se a dizer: “Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos peque­ninos.26Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. 27Tudo me foi entregue por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.
28Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso. 29Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde­ de coração, e vós encon­trareis descanso. 30Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”.

Palavra da Salvação.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

NÓS, INSTRUMENTOS DA BENÇÃO!

Foto, por Carlos Cintra
ORAÇÃO DA BENÇÃO

"Purifica, Senhor Jesus, nosso coração. Limpa-nos com o Teu Sangue de todo ódio, rancor e de tudo aquilo que é um obstáculo à Tua graça. Faze de nós, hoje, instrumentos da Tua benção. Jesus, tem piedade de nós!
Senhor, derrama em nosso coração o Espírito Santo e o dom de abençoar! Isso Te pedimos, ó Deus, no poderoso nome de Jesus".
"Abençoai os que vos perseguem; abençoai-vos, e não os praguejeis". (Rm 12, 14)
"Abençoar" significa colocar a pessoa sob a proteção de Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. Significa também invocar sobre ela as graças e bençãos de Deus. 
Abra seu coração e abençoe como Deus nos determinou na Bíblia:
"O Senhor disse a Moisés: 'Dize a Aarão e seus filhos o seguinte: Eis como abençoarei os filhos de Israel: O Senhor te abençoe e te guarde! O Senhor te mostre sua face e conceda-te sua graça! O Senhor volva o seu rosto para ti e te dê a paz! - E assim invocarão o meu nome sobre os filhos de Israel e eu os abençoarei". (Nm 6, 22-27)
Vamos formar um grande exército de pessoas que abençoam!
Repita o dia todo, a todas as pessoas que encontrar. Diga em voz alta ou mentalmente a todas as pessoas que encontrar.


Deus o abençoe! Deus o abençoe! Deus o abençoe!

Fonte: Cura através da Benção, de Régis Castro e Maísa Castro (adaptado)

A PALAVRA DO DIA

1ª Leitura
Gênesis 22,1-19

Leitura do Livro do Gênesis.

Naqueles dias, 1Deus pôs Abraão à prova. Chamando-o, disse: “Abraão!” E ele respondeu: “Aqui estou”. 2E Deus disse: “Toma teu filho único, Isaac, a quem tanto amas, dirige-te à terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto sobre um monte que eu te indicar”.
3Abraão levantou-se bem cedo, selou o jumento, tomou consigo dois dos seus servos e seu filho Isaac. Depois de ter rachado lenha para o holocausto, pôs-se a caminho, para o lugar que Deus lhe havia ordenado. 4No terceiro dia, Abraão, levantando os olhos, viu de longe o lugar. 5Disse, então, a seus servos: “Esperai aqui com o jumento, enquanto eu e o menino vamos até lá. Depois de adorarmos a Deus, voltaremos a vós”.
6Abraão tomou a lenha para o holocausto e a pôs às costas do seu filho Isaac, enquanto ele levava o fogo e a faca. E os dois continuaram caminhando juntos. 7lsaac disse a Abraão: “Meu pai”. “Que queres, meu filho?”, respondeu ele. E o menino disse:
“Temos o fogo e a lenha, mas onde está a vítima para o holo­causto?” 8Abraão respondeu: “Deus providenciará a vítima para o holocausto, meu filho”. E os dois continuaram caminhando juntos.
9Chegados ao lugar indicado por Deus, Abraão ergueu um altar, colocou a lenha em cima, amarrou o filho e o pôs sobre a lenha em cima do altar. 10Depois, estendeu a mão, empunhando a faca para sacrificar o filho. 11E eis que o anjo do Senhor gritou do céu, dizendo: “Abraão! Abraão!” Ele respondeu: “Aqui estou!” 12E o anjo lhe disse: “Não estendas a mão contra teu filho e não lhe faças nenhum mal! Agora sei que temes a Deus, pois não me recusaste teu filho único”. 13Abraão, erguendo os olhos, viu um carneiro preso num espinheiro pelos chifres; foi buscá-lo e ofereceu-o em holocausto no lugar do seu filho. 14Abraão passou a chamar aquele lugar: “O Senhor providenciará”. Donde até hoje se diz: “O monte onde o Senhor providenciará”.
15O anjo do Senhor chamou Abraão, pela segunda vez, do céu, 16e lhe disse: “Juro por mim mesmo — oráculo do Senhor —, uma vez que agiste deste modo e não me recusaste teu filho único, 17eu te abençoarei e tornarei tão numerosa tua descendência como as estrelas do céu e como as areias da praia do mar. Teus descenden­tes conquistarão as cidades dos inimigos. 18Por tua descendência serão abençoadas todas as nações da terra, porque me obedeces­te”. 19Abraão tornou para junto dos seus servos, e, juntos, puse­ram-se a caminho de Bersabeia, onde Abraão passou a morar.

Palavra do Senhor. 

A BOA NOVA
Mateus 9,1-8

Naquele tempo, 1entrando em um barco, Jesus atravessou para a outra margem do lago e foi para a sua cidade. 2Apresentaram-lhe, então, um paralítico deitado numa cama. Vendo a fé que eles tinham, Jesus disse ao paralítico: “Coragem, filho, os teus pecados estão perdoados!”
3Então alguns mestres da Lei pensaram: “Esse homem está blasfemando!” 4Mas Jesus, conhecendo os pensamentos deles, disse: “Por que tendes esses maus pensamentos em vossos corações? 5O que é mais fácil, dizer: ‘Os teus pecados estão perdoados’, ou dizer: ‘Levanta-te e anda’?
6Pois bem, para que saibais que o Filho do Homem tem na terra poder para perdoar pecados, — disse, então, ao paralítico — “Levanta-te, pega a tua cama e vai para a tua casa”. 7O paralítico então se levantou, e foi para a sua casa. 8Vendo isso, a multidão ficou com medo e glorificou a Deus, por ter dado tal poder aos homens.

Palavra da Salvação. 

quarta-feira, 29 de junho de 2011

ORAÇÃO AOS SANTOS APÓSTOLOS

Preces

Oremos a Cristo, que edificou a sua Igreja sobre o fundamento dos Apóstolos e dos Profetas, e digamos confiadamente:

Favorecei, Senhor, a vossa Igreja.

Vós que rogastes por Pedro, para que a sua fé não desfalecesse,
— confirmai a fé da vossa Igreja.

Vós que, depois da ressurreição, aparecestes a Simão Pedro e Vos revelastes a Paulo,
— iluminai o nosso espírito, para confessarmos que estais vivo no meio de nós.

Vós que escolhestes o apóstolo Paulo para anunciar o vosso nome aos povos pagãos,
— fazei de nós verdadeiros apóstolos do vosso Evangelho.

Vós que perdoastes misericordiosamente as negações de Pedro,
— perdoai também todas as nossas faltas.


Oração

Senhor, que nos encheis de santa alegria na solenidade dos apóstolos São Pedro e São Paulo, concedei à vossa Igreja que se mantenha sempre fiel à doutrina daqueles que foram o fundamento da sua fé. Por Nosso Senhor. Amém.

ORAÇÃO A SÃO PAULO APÓSTOLO

Ó gloriso e grande apóstolo São Paulo, mestre dos gentios, corajoso, seguidor de Cristo, destemido evangelizador, fundador de comunidades, dai-nos este espírito de apóstolo de vosso Mestre Jesus, a fim de que possamos dizer a todos – “Já não sou eu quem vivo, mas é o Cristo que vive em mim”.
Iluminai a todos os povos com a luz do Evangelho, que com tanto amor testemunhastes, procurando estabelecer no mundo, o Reino da justiça e de amor do vosso Mestre. Suscitai muitas vocações missionárias, que a vosso exemplo, levam Cristo a todos os povos. São Paulo apóstolo, rogai por nós.

ORAÇÃO A SÃO PEDRO

Ó glorioso São Pedro, Príncipe dos Apóstolos, a quem o SENHOR JESUS escolheu para ser o fundamento da Igreja, entregou as chaves do Reino dos Céus e constituiu Pastor universal dos fiéis, queremos ser sempre vossos súditos e filhos.
Confiantes na Palavra do SENHOR, que vos concedeu o encargo de confirmar os irmãos na fé, nos conceda a graça de, diante da diversidade das opiniões dos homens, saber professar com firmeza a nossa fé em CRISTO, FILHO de DEUS, e permanecer naquele fervoroso amor a JESUS, que por três vezes proclamastes após a ressurreição.
Fazei que sejamos fiéis aos ensinamentos do evangelho, a fim de permanecermos unidos no rebanho do SENHOR, sob a vossa guarda, e no amor ao Santo Padre, o Papa, vosso legítimo sucessor, a fim de que, após o tempo desta vida, possamos nos unir para sempre à Igreja triunfante no céu. Amém.




PEDRO E PAULO, TESTEMUNHAS DO EVANGELHO

Comemoramos, nesta semana, a festa dos Santos Apóstolos, Pedro e Paulo, colunas da Igreja que eles, juntamente com os outros Apóstolos e sob a primazia de Pedro, ergueram pelo Espírito Santo depois de nascida no Sangue Redentor derramado na cruz.

“Tu és Pedro e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja.”(Cf. Mt. 16,18). “Este homem é para mim um instrumento de escol para levar o meu nome diante das nações pagãs, dos reis e dos filhos de Israel.”(Cf. At. 9,15)

Paulo, escrevendo aos Gálatas (Cf. 1,15-17), nos fala de sua vocação, de seu chamado pela graça para revelar aos gentios a salvação. E conclui “não consultei carne nem sangue, nem subi a Jerusalém”. Dispôs-se totalmente, entregou-se inteiramente a Cristo.

Bem antes, junto ao mar da Galiléia, dois pescadores, um de nome Simão, ouviram também um chamado, mais simples do que ouvira Paulo na estrada de Damasco (Cf. Marcos 1,16, Lucas 5,11, Mateus 4, 18-20) e, deixando as redes, o barco e o pai, partiram.

Que há de comum entre esses dois homens, de origem e cultura tão diferentes, um na simplicidade e rudeza de sua profissão de pescador, galileu e o outro culto, fariseu, instruído por um mestre da lei, Gamaliel, senão a disponibilidade de um coração sincero, aberto à voz de Deus nos acontecimentos de cada dia?

O Evangelista João (Cf. Jo. 1, 41) nos detalha o encontro de Simão com Jesus: “Tu es Simão, o filho de João; chamar-te-ás Cefas”(que quer dizer Pedra).

Nos Atos dos Apóstolos (Cf. At.9), Cristo enfrenta seu perseguidor: “Saul, Saul por que me persegues?”Não o chama diretamente. Ordena-lhe: “Entra na cidade e lá te dirão o que deves fazer.”

Todos conhecemos a vida desses dois Apóstolos até a sua consumação pelo martírio, em Roma, quando cheios de zelo pelo Evangelho e vivendo o amor eterno, receberam a coroa da glória que lhes estava reservada (Cf. 2 Tim. 4, 6-8).

Em ambos ressalta o imenso amor a Cristo. Em ambos, a sinceridade de sua conversão e de suas vidas.

Os Evangelistas nos relatam que após ter negado o Mestre por três vezes, Pedro chorou amargamente e, no encontro com o Ressuscitado, reconheceu sua fraqueza, respondendo-lhe com toda a humildade, contendo o ardor de seu coração: “Senhor, tu sabes que eu te amo”(Cf. Jo.21, 11-20)

Paulo penitencia-se diante dos Coríntios (Cf. Cor.15,9): “Pois sou o menor dos apóstolos, nem sou digno de ser chamado apóstolo, porque persegui a Igreja de Deus. Mas, pela graça de Deus sou o que sou: e sua graça não foi estéril em mim.”

Pedro, uma vez convertido (Cf. Lc. 22,32), confirma seus irmãos. É o primeiro a proclamar a ressurreição do Mestre e a convidar o povo de Israel a uma verdadeira conversão no reconhecimento do plano salvífico do Redentor: “Saiba, portanto, com certeza, toda a casa de Israel: Deus o constituiu Senhor e Cristo, este Jesus a quem vós crucificastes”(Cf. At.2,36).

Não mais teve medo, como na noite tempestuosa em que a barca quase submergia. (Cf. Mc. 4, 35-41). Timoneiro experiente, acreditava na graça, e com segurança norteou e dirigiu a nova Barca que lhe fora agora confiada, reconhecendo valores e o arrojo de tripulantes, como o de Paulo, respeitando a prudência e firmeza de Tiago, dando segurança e tranqüilidade a todos.

Como homem precisava também do auxílio e colaboração dos irmãos, por isso, não se insurgiu contra a censura de Paulo diante de sua fraqueza pessoal. Aceitou-a dignamente.

Não foi arrogante diante dos irmãos. Mostrou-se sempre como o foi na vivência com o Salvador, um apaixonado, de grande coração, que daria a vida, mil vidas se tivesse, pelo seu ideal e pelo seu Mestre. Por isso, como a Madalena, muito lhe seria perdoado porque muito amou.

De Paulo não poderíamos falar diversamente. Constrangido a fazer o seu próprio elogio, diante de acusações ao seu ministério, deixa-nos uma página belíssima sobre sua vida apostólica: “Oxalá pudésseis suportar um pouco de loucura de minha parte”(Cf. 2Cor 11, 1). As fadigas, os açoites, as cadeias, os perigos das viagens, a preocupação por todas as Igrejas.”Quem fraqueja que eu também não me sinta fraco. Quem cai, sem que eu também não me sinta febril?”.

Sentia-se também sujeito a fraquezas. Comprazia-se na lei do Senhor, mas sentia em si outra lei que pelejava contra a lei de sua razão: “Infeliz de mim! Quem me libertará deste corpo de morte? (Cf. Rm.7,24). Mas sabia em quem acreditara.

Todos os dias, como Sucessor dos Apóstolos e Pastor próprio desta querida Igreja Arquidiocesana de Juiz de Fora, invoco os santos Apóstolos, sobretudo, Pedro e Paulo, agradecendo a Deus que, por eles nos deu a graça da fé e de conhecer a revelação de sua face no seu Filho.

Agradeço por estar na Barca de Pedro, instruído pela doutrina apostólica de que são um manancial as cartas de Paulo. E rezo pela Igreja, por nossos Pastores sob o primado de Bento, que continuam o ministério apostólico para mantermos o vínculo da unidade no mesmo Espírito do Senhor Jesus, para a glória do Pai.

Por: DOM EURICO DOS SANTOS VELOSO, ARCEBISPO EMÉRITO DE JUIZ DE FORA, MG.

SANTOS PEDRO E PAULO, PELO BEATO PAPA JOÃO PAULO II

1. "O Senhor assistiu-me e deu-me forças" (2 Tm 4, 17).
Assim São Paulo descreve a Timóteo a experiência que vivera na prisão romana. Todavia, estas palavras podem referir-se a todas as vicissitudes missionárias do Apóstolo das Gentes, assim como às de São Pedro. É o que confirma, na Liturgia do dia de hoje, o trecho dos Actos dos Apóstolos, que apresenta a prodigiosa libertação de Pedro da prisão de Herodes e de uma provável condenação à morte.
Portanto, a primeira e a segunda Leituras realçam o desígnio providencial de Deus para estes dois Apóstolos. É o próprio Senhor que os orientará para o cumprimento da sua missão, cumprimento este que terá lugar precisamente aqui em Roma, onde estes seus eleitos darão a vida por Ele, fecundando a Igreja com o seu próprio sangue.
2. "E tornaram-se amigos de Deus" (Antífona da entrada). Amigos de Deus! O termo "amigos" é mais eloquente do que nunca, se considerarmos que saiu da boca de Jesus, durante a última Ceia:  "Não vos chamo mais servos disse Ele (...) chamo-vos amigos, porque vos comuniquei tudo o que ouvi de meu Pai" (Jo 15, 15).
Pedro e Paulo são "amigos de Deus" de modo singular, porque beberam o cálice do Senhor. Jesusmudou o nome de ambos, no momento em que os chamou para o seu serviço:  a Simão, deu o nome de Cefas, ou seja, "rocha", de onde derivou Pedro; a Saulo, deu o nome de Paulo, que significa "pequeno". O Prefácio do dia de hoje põe-nos em linha paralela:  "Pedro, que foi o primeiro a confessar a fé em Cristo / Paulo, que iluminou as profundidades do mistério / o pescador da Galileia / que constituiu a primeira comunidade com os justos de Israel / o mestre e doutor, que anunciou a salvação a todas as gentes".
3. Bendito o Senhor que liberta os seus amigos" (Salmo responsorial). Se pensamos na vocação e na história pessoal dos Apóstolos Pedro e Paulo, observamos que a sua carga apostólica e missionária foi proporcional à profundidade da sua conversão. Provados pela triste experiência da miséria humana, foram libertados pelo Senhor.
Graças à humilhação da negação e ao choro abundante, que o purificou interiormente, Simão tornou-se Pedro, isto é, a "rocha":  revigorado pela força do Espírito,  por  três  vezes  declarou   a Jesus o seu amor, recebendo dele o mandato de apascentar o seu rebanho (cf. Jo 21, 15-17). 
A experiência de Saulo foi semelhante:  o Senhor que ele perseguia (cf. Act 9, 5) "chamou-o com a sua graça" (Gl 1, 15), iluminando-o no caminho de Damasco. Assim, libertou-o dos seus preconceitos, transformando-o radicalmente, e fez dele "um instrumento eleito" para anunciar o seu Nome a todas as gentes (cf. Act 9, 15). Deste modo, ambos foram "amigos de Deus".
4. Caríssimos e venerados Irmãos Arcebispos Metropolitanos, vindos para receber o Pálio, diversas são as vicissitudes pessoais de cada um, mas todos vós fostes incluídos por Cristo no número dos seus "amigos".
No momento em que me preparo para vos impor esta tradicional insígnia litúrgica, de que vos revestireis nas celebrações solenes, em sinal de comunhão com a Sé Apostólica, convido-vos a considerá-la sempre como memória da sublime amizade de Cristo, que temos a honra de compartilhar. Em nome do Senhor tornai-vos, por vossa vez, "amigos" de quantos Deus vos confiou.
As vossas Sedes episcopais estão situadas em várias regiões da Terra:  imitando o Bom Pastor, velai e cuidai de cada uma das vossas Comunidades. Transmiti-lhes também a minha saudação, juntamente com a certeza de que o Papa reza por todos e, de modo especial, por aqueles que são submetidos a duras provas e que encontram maiores dificuldades.
5. A alegria da festa de hoje torna-se ainda mais intensa, em virtude da presença da Delegação enviada, também neste ano, pelo Patriarca Ecuménico, Sua Santidade Bartolomeu I. Ela é chefiada pelo venerado Irmão, o Arcebispo da América, Demétrio. Estimados e venerados Irmãos, sede bem-vindos! Saúdo-vos em nome do Senhor e peço-vos que transmitais o meu abraço de paz ao dilecto Irmão em Cristo, o Patriarca Bartolomeu.
Com o passar do tempo, o intercâmbio recíproco de delegações, por ocasião da festa de Santo André em Constantinopla e pela solenidade dos Santos Pedro e Paulo em Roma, tornou-se um sinal eloquente do nosso compromisso em ordem à plena unidade.
O Senhor, que conhece as nossas debilidades e hesitações, promete-nos a sua ajuda para superar os obstáculos que impedem a concelebração da única Eucaristia. Por isso, venerados Irmãos, receber-vos e estar ao vosso lado neste solene encontro litúrgico torna mais sólida a esperança e dá forma concreta àquele anseio que nos impele rumo a plena comunhão.
6. "[Eles] edificaram a Igreja com diferentes dons" (Prefácio). Esta afirmação, referida aos Apóstolos Pedro e Paulo, parece pôr em evidência precisamente o compromisso de procurar a unidade com todos os esforços, respondendo ao convite que Jesus reiterou várias vezes no Cenáculo:  "Ut unum sint!".
Como Bispo de Roma e Sucessor de Pedro, renovo no dia de hoje, na sugestiva moldura desta festa, a minha plena disponibilidade a pôr a minha pessoa ao serviço da comunhão entre todos os discípulos de Cristo. Caríssimos Irmãos e Irmãs, ajudai-me com o apoio incessante da vossa oração. Invocai para mim a intercessão celestial de Maria, Mãe da Igreja e dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo.
Deus nos conceda cumprir a missão que Ele mesmo nos confiou, em plena fidelidade, até ao último dia, para formar no vínculo da sua caridade um só coração e uma só alma (cf. Oração após a Comunhão).
Amém!
Domingo, 29 de Junho de 2003. Homilia do Papa João Paulo II na Concelebração Eucarística da solenidade dos santos apóstolos Pedro e Paulo. Fonte: Site do Vaticano

PEDRO E PAULO, MISSIONÁRIOS DE JESUS

Em vários países, o dia 29 de junho é dia santo de guarda e feriado; no Brasil, há muitos anos, a festa de São Pedro e São Paulo é comemorada liturgicamente no domingo seguinte. Não deixa de ser significativo, pois é o “dia do Senhor ressuscitado” e os apóstolos foram testemunhas qualificadas da ressurreição de Jesus Cristo; domingo também é dia de ouvir a Palavra de Deus e de celebrar a Eucaristia, transmitidas a nós pelos apóstolos, e de professar a fé que nos reúne na mesma Igreja fundada sobre o testemunho apostólico.

Cada um deles, do seu modo, deu seu testemunho por Jesus Cristo pela pregação e pelo martírio: Pedro representa a ligação da comunidade cristã com a herança espiritual do Judaísmo; Paulo, a orientação universal do Evangelho e da ação missionária da Igreja. Ambos são considerados fundadores da Igreja de Roma, conhecida como “sede de Pedro”; não é menos, ela também é a “sede de Paulo”, que ali também derramou seu sangue por Jesus. No próximo dia 28 de junho, o Papa Bento XVI abre em Roma o “ano paulino”, dedicado a São Paulo; segundo os estudiosos, o grande Apóstolo dos povos teria nascido ente os anos 6 e 10 da era cristã.

Todos os anos, na solenidade de São Pedro e São Paulo, durante uma cerimônia singela, o Papa entrega o pálio aos novos arcebispos metropolitas, nomeados depois de 29 de junho do ano precedente. O pálio é uma peça da indumentária litúrgica usada pelos arcebispos durante as celebrações nas suas próprias sedes episcopais e simboliza a especial vinculação deles com o Sucessor de São Pedro e com a inteira Igreja fundada sobre a “rocha” de Pedro. Para destacar ainda mais esse significado, os pálios, antes de serem entregues, ficam depositados sobre o túmulo de São Pedro, na cripta da basílica vaticana.

A festa de São Pedro e São Paulo também é o Dia do Papa, para a especial oração pelo Sucessor de Pedro, que tem a missão de “confirmar os irmãos na fé (cf Lc 22,32) e de ser a referência visível da unidade de toda a Igreja de Cristo. Recordamos, com alegria e gratidão, a recente visita de Bento XVI em São Paulo, que foi uma bênção para São Paulo e para o Brasil. Sabemos quanto é grande e difícil a sua missão diante da Igreja e de toda a imensa família humana; por isso, seguindo o exemplo da primeira comunidade eclesial em Jerusalém, também nós “oremos continuamente por ele” (cf At 12,5).

Na comemoração dos apóstolos Pedro e Paulo, desde antiga tradição, realiza-se em todo o mundo católico a coleta chamada “do óbolo de São Pedro”; os filhos da Igreja são convidados a fazer uma generosa oferta destinada a apoiar a caridade da Igreja, feita através do Papa, em todo o mundo. Trata-se de uma das 3 coletas anuais para as necessidades e iniciativas universais da evangelização. Com o seu fruto, o Papa pode manifestar a solidariedade concreta da Igreja em muitas situações de sofrimento e promover a evangelização em lugares onde a presença da Igreja ainda é frágil, ou mesmo inexistente.

Os apóstolos Pedro e Paulo têm um significado muito especial para nós, pois seu papel foi determinante na difusão do Evangelho e na configuração da Igreja nascente e do próprio Cristianismo. É sempre bom lembrar que o Evangelho de Jesus chegou até nós pela pregação e o testemunho dos apóstolos; por isso, a Igreja os tem em grande consideração e, ao longo da história, sempre mediu a autenticidade da própria fé e do seu ensinamento na “tradição apostólica”, ou seja, naquilo que foi transmitido pelos apóstolos.

Não por nada, nossa Igreja é “católica e apostólica”, pois ela foi edificada sobre o ensinamento dos apóstolos e manteve, de maneira nunca interrompida, sua fidelidade à fé por eles transmitida. Somos parte desse imenso povo que crê em Jesus Cristo, com os apóstolos, e como eles creram. Isso nos alegra e também é motivo de firmeza para nossa fé e adesão à Igreja Católica. Ao mesmo tempo, compromete-nos a revigorar nossa vida cristã, sempre de novo, no testemunho apostólico para realizarmos hoje a missão Jesus confiou a eles e também a nós. Como eles, também nós somos convidados a ser ardorosos discípulos e missionários de Jesus Cristo.

Dom Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo

A PALAVRA DO DIA

1ª Leitura
Gênesis 21,5.8-21

Leitura do Livro do Gênesis.

5Abraão tinha cem anos quando lhe nasceu o filho Isaac. 8Entretanto, o menino cresceu e foi desmamado; e no dia em que o menino foi desmamado, Abraão deu um grande banquete. 9Sara, porém, viu o filho que a egípcia Agar dera a Abraão brincando com Isaac.10E disse a Abraão:
“Manda embora essa escrava e seu filho, pois o filho de uma escrava não pode ser herdeiro com o meu filho Isaac”. 11Abraão ficou muito desgostoso com isso, por se tratar de um filho seu. 12Mas Deus lhe disse: “Não te aflijas por causa do menino e da tua escrava. Atende a tudo o que Sara te pedir, pois é por Isaac que uma descendência levará o teu nome. 13Mas do filho da escrava farei também um grande povo, por ele ser da tua raça”.
14Abraão levantou-se de manhã, tomou pão e um odre de água e os deu a Agar, pondo-os nos ombros dela; depois, entregou-lhe o menino e despediu-a. Ela foi-se embora e andou vagueando pelo deserto de Bersabeia. 15Tendo acabado a água do odre, largou o menino debaixo de um arbusto, 16e foi sentar-se em frente dele, à distância de um tiro de arco. Pois dizia consigo: “Não quero ver o menino morrer”. Assim, ficou sentada defronte ao menino, e pôs-se a gritar e a chorar.
17Deus ouviu o grito do menino e o anjo de Deus chamou do céu a Agar, dizendo: “Que tens Agar? Não tenhas medo, pois Deus ouviu a voz do menino do lugar em que está.18Levanta-te, toma o menino e segura-o bem pela mão, porque farei dele um grande povo”.
19Deus abriu-lhe os olhos, e ela viu um poço de água. Foi então encher o odre e deu de beber ao menino. 20Deus estava com o menino, que cresceu e habitou no deserto, tornando-se um jovem arqueiro. 21Morou no deserto de Farã, e sua mãe escolheu para ele uma mulher no país do Egito.

Palavra do Senhor. 

A BOA NOVA
Mateus 8,28-34

Naquele tempo, 28quando Jesus chegou à outra margem do lago, na região dos gadarenos, vieram ao seu encontro dois homens possuídos pelo demônio, saindo dos túmulos. Eram tão violentos, que ninguém podia passar por aquele caminho. 29Eles então gritaram: “Que tens a ver conosco, Filho de Deus? Tu vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?”.
30Ora, a certa distância deles, estava pastando uma grande manada de porcos. 31Os demônios suplicavam-lhe: “Se nos expulsas, manda-nos para a manada de porcos”.
32Jesus disse: “Ide”. Os demônios saíram, e foram para os porcos. E logo toda a manada atirou-se monte abaixo para dentro do mar, afogando-se nas águas. 33Os homens que guardavam os porcos fugiram e, indo até a cidade, contaram tudo, inclusive o caso dos possuídos pelo demônio. 34Então a cidade toda saiu ao encontro de Jesus. Quando o viram, pediram-lhe que se retirasse da região deles.

Palavra da Salvação. 

terça-feira, 28 de junho de 2011

NÓS SOMOS HERDEIROS DA BENÇÃO

"Não pagueis mal com o mal, nem injúria com injúria. Ao contrário, abençoai, pois para isto fostes chamados, para que sejais herdeiros da benção".
(I Pd 3, 9)

Jesus quer que esqueçamos o ontem, olhemos para frente, deixemos de amaldiçoar e de pagar o mal com o mal e a injúria com a injúria e passemos a abençoar.
A Bíblia diz que fomos chamados a abençoar. Sim, nós fomos chamados a abençoar.
Nós somos herdeiros da benção e não da maldição. Fomos chamados por Deus para abençoar e não para maldizer... Nós fomos chamados a abençoar, abençoar... uma, duas, dezenas de vezes ao dia e todas as pessoas.

Fonte: A cura através da benção, de Regis Castro e Maisa Castro

A PALAVRA DO DIA

1ª Leitura
Gênesis 19,15-29

Leitura do Livro do Gênesis.

Naqueles dias, 15os anjos insistiram com Ló, dizendo: “Levanta-te, toma tua mulher e tuas duas filhas, e sai, para não morreres também por causa das iniquidades da cidade”.16Como ele hesitasse, os homens tomaram-no pela mão, a ele, à mulher e às duas filhas – pois o Senhor tivera compaixão dele –, fizeram-nos sair e deixaram-nos fora da cidade.
17Uma vez fora, disseram: “Trata de salvar a tua vida. Não olhes para trás, nem te detenhas em parte alguma desta região. Mas foge para a montanha, se não quiseres morrer”.
18Ló respondeu: “Não, meu Senhor, eu te peço! 19O teu servo encontrou teu favor e foi grande a tua bondade, salvando-me a vida. Mas receio não poder salvar-me na montanha, antes que a calamidade me atinja e eu morra. 20Eis aí perto uma cidade onde poderei refugiar-me; é pequena, mas aí salvarei a minha vida”.
E ele lhe disse: 21“Pois bem, concedo-te também este favor: não destruirei a cidade de que falas. 22Refugia-te lá depressa, pois nada posso fazer enquanto não tiveres entrado na cidade”. Por isso foi dado àquela cidade o nome de Segor.
22O sol estava nascendo, quando Ló entrou em Segor. 24O Senhor fez então chover do céu enxofre e fogo sobre Sodoma e Gomorra. 25Destruiu as cidades e toda a região, todos os habitantes das cidades e até a vegetação do solo. 26Ora, a mulher de Ló olhou para trás e tornou-se uma estátua de sal.
27Abraão levantou-se bem cedo e foi até o lugar onde antes tinha estado com o Senhor.28Olhando para Sodoma e Gomorra, e para toda a região, viu levantar-se da terra uma densa fumaça, como a fumaça de uma fornalha.
29Mas, ao destruir as cidades da região, Deus lembrou-se de Abraão e salvou Ló da catástrofe que arrasou as cidades onde Ló havia morado.
Palavra do Senhor.

A BOA NOVA
Mateus 8,23-27

Naquele tempo, 23Jesus entrou na barca, e seus discípulos o acompanharam. 24E eis que houve uma grande tempestade no mar, de modo que a barca estava sendo coberta pelas ondas. Jesus, porém, dormia.
25Os discípulos aproximaram-se e o acordaram, dizendo: “Senhor, salva-nos, pois estamos perecendo!” 26Jesus respondeu: “Por que tendes tanto medo, homens fracos na fé?” Então, levantando-se, ameaçou os ventos e o mar, e fez-se uma grande calmaria.27Os homens ficaram admirados e diziam: “Quem é este homem, que até os ventos e o mar lhe obedecem?”

Palavra da Salvação. 

segunda-feira, 27 de junho de 2011

CONSAGRAÇÃO À NOSSA SENHORA

  Eu vos saúdo, ó Maria, Mãe do Perpétuo Socorro. Eu vos saúdo, Rainha do céu e da terra, a cujo império, está sujeito tudo o que existe abaixo de Deus. Eu vos saúdo, Refúgio dos pecadores, cuja misericórdia jamais falhou. Atendei à vontade que tenho de possuir o Amor Eterno, a graça de Deus, a salvação eterna. Dai-me a graça de ser discípulo de Jesus na santidade dos costumes, no cumprimento dos deveres, no zelo da salvação das almas. Transformai a minha vida em um santuário de virtude onde Jesus seja o centro. Recebei, ó Maria, meus votos e desejos e ofertai-os a Jesus. Quero que Ele receba, por Vossas mãos, os meus obséquios, e por Vosso Coração, o meu coração.
Consagro-me, pois, inteiramente a Vós, e ponho-me inteiramente em Vossas mãos. Em Vossas mãos eu renovo as promessas do meu Batismo; renuncio ao demônio, suas obras, suas pompas. Em Vossas mãos, eu me comprometo a levar a minha cruz, obrigando-me a imitar-Vos. Em Vossas mãos eu deposito o propósito de ser fiel a Jesus, mais fiel do que tenho sido até agora.
Ó Maria, eu Vos escolho por minha Mãe e Mestra. Eu vos consagro tudo o que tenho e tudo o que sou. Eu Vos dou o meu corpo, a minha alma, os meus bens, o meu passado, o meu presente, o meu futuro, as minhas alegrias, as minhas dores, a minha vida, a minha morte, a minha eternidade. Disponde de mim como Vos aprouver. Recebei este meu ato de amor: quero ser Vossa para ser de Jesus.
Santa Mãe do Perpétuo Socorro, abençoai-me!
                                             Amém!