quarta-feira, 19 de outubro de 2011

ORAÇÃO PRODIGIOSA A NOSSA SENHORA

Ó Maria, Virgem das virgens; Mãe de Misericórdia e de Graça; esperança dos aflitos; por aquela espada de dor que atravessou a vossa puríssima alma, quando o vosso Unigênito Filho Jesus Cristo, Senhor Nosso, padeceu o suplício da morte na Cruz, por aquele amor filial que o fez compadecer-se de Vossa dor maternal e recomendar-Vos a seu discípulo S. João herdeiro do perfeito amor que Ele Vos tinha; rogo Vos, Senhora, que tenhais de mim compaixão, me deis remédio na aflição, na enfermidade, na pobreza, na consternação e em qualquer outra necessidade que eu padeça.
Ó refúgio poderoso dos miseráveis Mãe benigna de misericórdia, prontíssima Libertadora dos degredados filhos de Eva, ouvi meus rogos, e vede as lágrimas da minha aflição e da minha dor. Eu me vejo oprimido de infelicidades e misérias, por causa das minhas culpas, e não tenho a quem recorrer senão a Vós, amada Senhora, puríssima Virgem Maria, Mãe do meu Senhor Jesus Cristo, e solícita Advogada do gênero humano.
Rogo-Vos, pois, pela glória que teve vosso Santíssimo Filho no tempo de sua aliança com a natureza humana, do deliberar com o Pai e o Espírito Santo de tornar vossa carne mortal para nossa salvação; pelo inefável gozo, Bem-aventurada Virgem, quando, depois da anunciação do Anjo e vosso humilde consentimento, o Divino Verbo se cobriu de nossa mortalidade no vosso puríssimo ventre; donde, passados nove meses, saiu a visitar, instruir e remediar o mundo.
Pela agonia, que o vosso mesmo Filho teve em seu coração, quando orou a seu Eterno Pai, no monte das Oliveiras, pela fiel companhia que Vós lhe fizeste em todo o decurso de sua paixão e morte; pelas traições, pelos opróbrios, pelas injúrias, testemunhos falsos e bárbara sentença contra Ele proferidos, pelas duras cordas que o prenderam, cruéis flagelos com que o açoitaram, e rigorosos espinhos com que o coroaram, pelas lágrimas e suor de sangue que Ele derramou; pelo seu silêncio e sofrimento, pelo temor, pela tristeza e agonia do seu Coração, pelo sumo pejo que padeceu vendo-se despido no Calvário aos olhos de todo povo; pelo incompreensível tormento de sua sede sem alívio; pela ferida da lança que lhe penetrou o lado amorosíssimo, pelos grossos cravos que lhe traspassaram as mãos e pés sacrossantos; pela recomendação que Ele fez da sua santíssima Alma seu Eterno Pai: pela benigna misericórdia que Ele usou com o bom ladrão.
Pela honra e glória de sua ressurreição, pelas aparições que Ele vos fez, aos apóstolos e discípulos, no espaço de quarenta dias; pela sua gloriosa ascensão, quando, à vossa vista e dos mais fiéis foi elevado ao céu; pelas graças do Espírito Santo, que Ele derramou nos corações dos discípulos, em forma de línguas de fogo; pelo terrível dia do Juízo, em que Ele, precedido dum universal incêndio, há de vir julgar os vivos e os mortos. 
Pela amorosa compaixão e fidelíssima sociedade que neste mundo lhe fizestes; pelo gozo inefável de vossa maravilhosa assunção, quando na presença e companhia do vosso mesmo Filho e de toda a Corte celestial, fostes sublimada ao empíreo, e nele coroada de glória e delícias sempiternas; por tudo isto, Senhora, e por tudo o mais que Vos representar posso, peço-Vos, minha Mãe amabilíssima, que ouçais os meus rogos, me concedais e faciliteis a súplica, que agora vos faço com toda humildade e devoção que me é possível, (aqui se pede a graça).
E como eu creio, conheço e confesso que o vosso sacrossanto Filho Vos atende e honra de tal modo, que nada Vos nega nem deixa frustradas as vossas súplicas, espero e confio, minha amada Senhora, que experimentarei fiel e prontamente, plena e eficazmente, o desejado socorro de vossa maternal consolação, segundo a doçura de vosso Coração misericordioso, tudo conforme a benigna clemência de vosso Santíssimo Filho. 
E não só para o feliz despacho daquela especial rogativa, com que agora invoco o vosso santo nome, e a poderosa virtude de vosso augusto Patrocínio, mas também para que vos dignei de impetrar-me uma viva fé, uma esperança firme, uma ardente caridade, uma contrição verdadeira, uma digna e suficiente satisfação, uma diligente vontade para o futuro, um grande desprezo pelo mundo, um intenso amor, um intenso amor de Deus e do meu próximo, uma imitação das dores do vosso amabilíssimo Filho; e ainda a mesma morte, quando deva padecê-la por seu respeito, um fiel cumprimento dos meus votos uma constante perseverança nas boas obras, uma contínua mortificação do meu amor próprio, um verdadeiro arrependimento de todos os meus pecados no fim de minha vida; e por coroa de tudo, a perpétua e gloriosa bem-aventurança na deliciosa companhia, que, lá também quisera ter com as almas de meus pais, benfeitores e amigos, assim vivos como defuntos, por todos os séculos dos séculos. Amém.

(com aprovação eclesiástica)

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