Deus, como Senhor de tudo, tem o direito sobre a vida humana. O ser humano, para ser agradável a Deus, oferece vítimas que simbolicamente o substituem perante o Senhor, que são oferecidas e imoladas para aplacar a Deus e atrair bençãos sobre suas vidas e familiares.
Outra atitude humana perante Deus é a busca da força e da imortalidade. Ao se sentir fraco recorre a Deus em busca de força, a imortalidade, o sentido de sua existência. Deus vem simbolicamente representado por uma vítima, animal ou fruto da terra. A vítima simboliza Deus fonte de energia, alimento e fortaleza para todos os que se alimentam. É o próprio Deus que vem em auxílio do homem, orientando-o e dando-lhe forças.
Jesus Cristo, ao instituir a eucaristia, sabia desses anseios profundos da humanidade que, no início da civilização, aparecia de forma simples e primitiva e que atualmente aparece de modo sutil. Cristo, portanto, completou de maneira perfeita os anseios do inconsciente coletivo da humanidade.
A eucaristia dos cristãos não é apenas símbolo, é uma realidade. O próprio Cristo se fez Vítima e, pela sua morte-ressurreição, veio ser o sacrifício de louvor, agradecimento, perdão e súplica. Ele é a Vítima, o Cordeiro que restabelece os laços rompidos pelo egoísmo do pecado, o único e verdadeiro sacrifício pela sua disponibilidade a Deus, é o Alimento, o Pão da Vida para sustentar e fortalecer os que crêem.
Pão da Vida, Jesus é o Pão dos fortes, dá coragem e sentido à comunidade. É o elo que une os homens com o próprio Deus e entre si. É a realidade da salvação que expressa de maneira sensível a comunhão entre Deus e os homens.
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