terça-feira, 23 de agosto de 2011

A PALAVRA DO ARCEBISPO, DE MADRI SOBRE A JMJ






Estão lembrados da parábola de Jesus, referente ao rei que fez um banquete e convidou várias pessoas, mas elas não apareceram? Pois é, nesta manhã, vivi a experiência daquele rei. Explico-me: fui dar a catequese na Paróquia S. João Bosco, no centro da cidade, sobre “Firmes na fé” – tema para todas as catequeses neste primeiro dia – e os centenas de convidados (jovens brasileiros) não puderam ir. É que na noite de ontem precisaram mudar de alojamento e foram para muito longe, fora da cidade. Além de irem dormir muito tarde, precisariam pegar o metrô e perceberam que não chegariam a tempo. Mas, de repente, eis que apareceram uns 300 portugueses, que deviam ir a uma outra igreja, para escutar a catequese de um bispo português. Erraram de igreja e ficaram por lá mesmo, onde eu estava, já que descobriram que o catequista – no caso eu – falava português…
Foi uma experiência muito interessante e rica. No começo, eles estavam sérios, muito sérios; aos poucos, criou-se um clima de muita alegria, desconcentração e espírito de oração. O que falei a esses jovens? Basicamente, o seguinte: não acreditamos em uma doutrina, mas seguimos uma pessoa que tem um rosto e um nome: o nome e o rosto de Jesus de Nazaré. Por causa dele, sim, acreditamos em uma série de verdades e temos até um belo catecismo, além de assumirmos um determinado comportamento moral.
No final de tudo, foi a história de tantos outros encontros de jovens: todo mundo querendo fotografar todo mundo. Dos jovens que estavam por lá, penso que o único que não tinha câmera fotográfica era o Tadeu que, por sinal, no final de minhas colocações fez a pergunta mais interessante e profunda. Ele é cego.
À tarde, nós, bispos, tivemos a apresentação de uma das melhores orquestras da Europa, a Santa Cecília, de Madri. Um momento emocionante. Depois, o Cardeal Arcebispo de Madri convidou os 800 bispos presentes na Jornada para um jantar.
Números: sem contar os jovens espanhois, temos: 90 mil jovens da Itália; 27.500 dos Estados Unidos; 16 mil da Alemanha; 14 mil do Brasil; 13 mil da Polônia; outro tanto de Portugal etc. Da China vieram 400 jovens.
Dom Murilo, da Jornada Mundial da Juventude, de Madri.
Fonte do texto e foto: Arquidiocese de Salvador

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