Por mais que a Eucaristia seja solenemente celebrada todos os dias, acreditamos ser justo que, ao menos uma vez ao ano, seja comemorada com mais honra. Outras coisas que nós recordamos, as apreendemos com o espírito e com a mente, mas nem por isso obtemos a real presença delas. Mas, nesta comemoração sacramental do Cristo, ainda que sob outra forma, Jesus está presente no meio de nós com a sua própria substância. De fato, antes de subir aos céus disse: Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo. (Mt 28,20). BULA TRANSITURUS DE HOC MUNDO
Foi Santa Juliana de Liégi, uma monja do Mosteiro de Mont Cornillon, quem impulsou a instituição da festa de Corpus Christi. A santa, desde a sua adolescência, tinha visões misteriosas relacionadas à instituição de uma festa para homenagear o Santíssimo Sacramento: em particular ela via uma lua cheia, que apresentava uma rachadura no disco. O Senhor revelou-lhe que a lua representava a Igreja do seu tempo e a rachadura a ausência de uma solenidade no ciclo litúrgico dedicada ao Santíssimo Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo. Santa Juliana contou as autoridades sobre a sua visão depois de 1230.
No Sínodo de 1246, Roberto de Thourotte, Bispo de Liégi, estabeleceu na sua diocese uma festa em homenagem ao Santíssimo Sacramento que foi celebrada pela primeira vez no dia 5 de junho de 1249.
Alguns anos depois da morte de Santa Juliana, a festa se difundiu no mundo católico graças ao Papa Urbano IV, que com a Bula Transiturus de hoc mundo (11 de agosto), estendeu a festa a toda a Igreja Universal.
Fonte: The Real Presence
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