Ano 1333 - Bolonha (Itália)
Vivia em Bolonha a menina Imelda de Lambertini. Desde sua mais tenra infância foi notória a extraordinária atração que sentia pelos exercícios de piedade. Enchiam-se os olhos de lágrimas quando ouvia relatar uma história edificante, e aos dez anos de idade obteve permissão dos pais para entrar no convento das religiosas Dominicanas, abandonando com grande alegria a opulência e a comodidade de sua casa, para poder um dia consagrar-se com votos irrevogáveis ao Senhor.
Na vida religiosa era muito exemplar, distinguindo-se particularmente pela grande devoção a Jesus Sacramentado; sofria por não ter ainda a idade que então se requeria para fazer a Primeira Comunhão; mas o Senhor não tardou em atender seus desejos.
Um dia em que Imelda, durante a Comunhão das religiosas, se lamentava em segredo por não poder se aproximar da Sagrada Mesa, saiu da âmbula sagrada uma Hóstia, que dirigindo-se até onde estava Imelda ficou suspensa sobre a cabeça da piedosa menina.
Em vista deste prodígio, cresceu ainda mais seu ardoroso desejo de comungar. As religiosas, testemunhas de tal maravilha, cheias de espanto advertiram o sacerdote, que se aproximou e, recolhendo a Hóstia em uma patena, deu-a em comunhão à angelical menina, pois com tão evidente milagre manifestava Nosso Senhor Jesus Cristo sua vontade de visitar pela primeira vez aquele coração inocente.
Imelda, no cúmulo de sua felicidade, cerrou os olhos como se entregue a um plácido sonho, e expirou, voando sua alma ao Céu naquele 12 de maio de 1333.
Foi beatificada em 1826 pelo papa Leão XII, que estendeu a toda a Igreja o culto que já lhe prestavam em Bolonha. Em 1908, o papa Pio X a proclamou padroeira das crianças que fazem a primeira comunhão.
Fonte: Milagres Eucarísticos, do Padre Manuel Traval y Roset S.J. (adaptado)
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