A humildade é uma virtude que nasceu do perfeito conhecimento da fraqueza humana, e pela qual o homem se despreza e humilha. Fundado no verdadeiro conhecimento de si próprio, e de sua fragilidade e imperfeição. É uma virtude que reprime os movimentos do coração, quando o homem, por ser essa a sua natureza, quer trilhar a estrada da fortuna e da glória. Por este motivo a humildade é uma virtude difícil, porque se opõe ao gênio, as paixões, aos projetos mundanos, ao amor próprio, e só o verdadeiro cristão, com o auxilio da graça, a pode praticar.
Em todos os tempos homens caritativos, liberais, desinteressados, mas homens verdadeiramente humildes tem sido raros.
Esta grande virtude não faltava a Antônio; ela lhe respirava nas ações, na linguagem e até no silêncio. Humilhou-se pelo amor de Deus, e esta é a humildade de coração tantas vezes recomendada; humilhou-se por si conhecer a si mesmo e a infinita distancia da criatura ao Criador. As ocupações lhe eram as mais humildes. O melhor prazer lhe consistia em servir aos irmãos de hábito nas coisas mais vis e humilhantes.
A humildade foi o maior inimigo de sua glória, e quando esta o buscava ele lhe fugia porque nada lhe era mais violento ao coração do que os elogios e a estimação dos humanos, embora fosse um justo tributo ao seu merecimento e à sua virtude. Obrigando-se pela humildade a um profundo silêncio fez a Deus o sacrifício de seus talentos e sua reputação. Na cadeira da verdade falava eloqüentemente sobre esta matéria; confundia os orgulhosos e fazia ver que aos humildes na terra esta afiançada a exaltação peça glória que hão de gozar no céu os que praticarem a humildade segundo a lei.
ORAÇÃO
Humilde Antônio, vós que, intimamente convencido da fraqueza humana praticaste a humildade e, não contente com isto, procuraste fazer dela participantes os vossos semelhantes, pregando, em toda ocasião oportuna, a excelência dessa virtude, para infundir nos corações o seu amor; vós que mostrastes, não só pelos argumentos da fraca voz humana, mas principalmente pelo exemplo, análogo a lei do Evangelho, que esta virtude é indispensável a todas as condições e a todos os estados: fazei que os sentimentos de humildade, que sempre devem reinar em nossas ações, sejam contra os vícios opostos a esta virtude, para que, sendo, ao vosso exemplo, humildes na terra, na glória celeste possamos participar do prêmio que por Deus é concedido aos humildes, no gozo da bem aventurança eterna. Amém
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